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terça-feira, outubro 12, 2004

PARA LÁ DAS COLINAS NESTA TARDE  

Para lá das colinas nesta tarde
depois da aldeia um espaço branco
o sol e a erva seca quase arde.

Num azul que é de pedra dura
um corpo ou a saudade se esperava
muita beleza e muita água pura.

Ao longe há um pinhal que me acena
e um caminho que era era de alegria.


No silêncio que o campo me devolve
sempre um rouxinol ou uma cotovia.

Lisboa, 7/Setembro/ 2004



Com um abraço do
Antonio Tropa


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