terça-feira, março 08, 2005
V - SOBRE O DESEJO
1. O desejo nasce
onde o sexo começa.
Estende os seus ramos
de sangue à cabeça.
Uma perna se entende
quanto mais perto esteja.
A mão também deseja.
2. No cinema as palmeiras
e o rio estão mais perto.
Toda a luz do corpo
para sair do deserto.
Queluz, 3/Março/2005
Por hoje chega.
Com um abraço do v/
António Tropa
onde o sexo começa.
Estende os seus ramos
de sangue à cabeça.
Uma perna se entende
quanto mais perto esteja.
A mão também deseja.
2. No cinema as palmeiras
e o rio estão mais perto.
Toda a luz do corpo
para sair do deserto.
Queluz, 3/Março/2005
Por hoje chega.
Com um abraço do v/
António Tropa
III - HOMENAGEM A PABLO PICASSO
PICASSO. Ele disse-nos tudo
o que um homem pode dizer
a outro homem.
António Tropa
o que um homem pode dizer
a outro homem.
António Tropa
II - POEMA PARA PIER PAOLO PASOLINI
Que fizeste tu homem para te morder assim o teu amor
num gesto de desespero ao meio dia.
Que fizeste do anjo para ele se transformar em diabo
e te matar assim como nos filmes
entre risos lágrimas e estrelas
Tu eras um homem mas eras um menino
que inventou a ternura numa tela colorida.
Tu que te perdeste até à ultima noite
e bebeste da alegria o vinho e o fel
Tu homem eu não devia dizer-te isto
mas valeu a pena a tua vida.
António Tropa
num gesto de desespero ao meio dia.
Que fizeste do anjo para ele se transformar em diabo
e te matar assim como nos filmes
entre risos lágrimas e estrelas
Tu eras um homem mas eras um menino
que inventou a ternura numa tela colorida.
Tu que te perdeste até à ultima noite
e bebeste da alegria o vinho e o fel
Tu homem eu não devia dizer-te isto
mas valeu a pena a tua vida.
António Tropa
I - CAMPO IMENSO E VERDE PARA A ÁGUA DO SOL
Campo imenso e verde para a água do sol
Espaço limpo e alto para ser mais azul
Tão irmão do lume que a infância aqueceu Porque não é mais?!
Pelo teu silêncio e os olhos magoados
As mãos quase contentes tanto se temeu Contigo irei
Para casa agora que já é sol posto
Por ervas e pedras toda a luz do teu rosto.
António Tropa
Espaço limpo e alto para ser mais azul
Tão irmão do lume que a infância aqueceu Porque não é mais?!
Pelo teu silêncio e os olhos magoados
As mãos quase contentes tanto se temeu Contigo irei
Para casa agora que já é sol posto
Por ervas e pedras toda a luz do teu rosto.
António Tropa